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Abertura de congresso destaca impactos do movimento anti-vacina
Publicada em 15/11/2018


 

Fotos: Paulo Macedo/Sobape

A falta de conhecimento do valor e da importância da vacina e da relação risco x benefício estão entre as ameaças à garantia da imunização. O alerta foi feito pela infectologista pediátrica Regina Succi (SP) na conferência de abertura do 20º Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Infectoped), na manhã desta quinta-feira (15). Como diz a especialista, “a vacina de maior risco é a vacina não aplicada”.

Promovida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), a atividade vai até sábado (17), no Bahia Othon Palace Hotel, em Ondina, e reúne mais de 1.100 inscritos, mais de 400 trabalhos científicos apresentados, além de contar com professores do Brasil e do exterior.

A presidência do congresso é da infectologista pediátrica baiana, Lêda Lúcia Ferreira. Na solenidade de abertura, ela destacou o momento desafiador para os profissionais de saúde, que, em pleno Século 21, enfrentam o retorno de doenças infecciosas, como o sarampo e a febre amarela. “Até abril, foram registrados mais de 1.100 casos de febre amarela no Brasil, com 328 óbitos”, citou.

Para a presidente da SBP, a pediatra baiana Luciana Silva, o objetivo maior do congresso é disseminar informação segura. “O conhecimento precisa ser compartilhado e beneficiar alguém e estamos aqui para isso”, disse, destacando o papel da SBP de constante valorização dos pediatras, “únicos profissionais habilitados para assistir crianças e adolescentes”.

A presidente da Sobape, Dolores Fernandez, reforça que o congresso reúne fontes fidedignas de informação e cabe aos pediatras ajudar a disseminá-la, esclarecendo as famílias e as comunidades. “Precisamos fortalecer os profissionais e as sociedades de pediatria, estando atentos ao que diz a SBP, que nos dá o norte profissional”, sinalizou Dolores Fernandez.

Atividade científica

“Esse é o maior evento de infectologia pediátrica do país, reunindo os maiores especialistas em doenças infecciosas do Brasil e de outros países, numa intensa atividade científica”, avaliou o diretor do Departamento de Infectologia Pediátrica da SBP, Marco Aurélio Sáfadi, presidente da comissão científica do Infectoped.

Também compuseram a mesa de abertura do congresso a representante do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, Lícia Maria Moreira; a vice-presidente da Associação Bahiana de Medicina, Cláudia Galvão Silva; e a diretora do Instituto Couto Maia, a infectologista Ceuci Nunes, que representou o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Villas-Boas.

Homenagens

Ainda na solenidade de abertura, a presidente do congresso, Lêda Ferreira, anunciou a homenagem prestada a três professores pela contribuição acadêmica e pessoal na construção da infectologia pediátrica. Foram homenageados os professores Hagamenon Rodrigues da Silva (BA), Regina Célia Succi (SP) e Luiza Helena Arlant (PR).


Retorno de doenças antigas é destaque da programação desta sexta
(boxe)

Arboviroses (dengue, zika e chikungunya), meningites bacterianas, prevenção de pneumonia na comunidade, infecções congênitas, retorno da poliomielite, infecções bacterianas graves, HIV e tuberculose em pacientes especiais também compuseram os temas desta quinta-feira.

Na sexta-feira (16), o programa segue com assuntos clássicos e atuais da infectologia pediátrica, com destaque para o simpósio “Revisitando Doenças Antigas”, com palestrara da professora Marion Burger (PR) sobre “A Criança Imigrante e o Risco de Reintrodução de Doenças Eliminadas”.

Será discutida a situação das crianças refugiadas, que, muitas vezes, vêm de países que não oferecem vacinação e condições de higiene sanitária, por exemplo, e chegam portando doenças, assim como seus pais e familiares.

“Terão ênfase as doenças que estão ressurgindo, como o sarampo, a difteria, a cólera, tuberculose e a malária. Podendo vir com os refugiados ou imigrantes, só irão proliferar e causar surto aqui no Brasil se nós não fizermos a tarefa de casa, que é manter boas coberturas vacinais”, explica e especialista.

“É extremamente importante termos a visão de que só haverá surto se as pessoas não estiverem vacinadas. A culpa não é dos refugiados e nem dos imigrantes, mas do fato de as campanhas de vacinação não terem tido a adequada adesão. Com isso, ocorre a eclosão desses surtos de sarampo, principalmente em Roraima e no Amazonas”, completa professora Marion.

Também integram a programação de sexta discussões sobre Sífilis congênita, Febre amarela, Vacinação contra HPV em pacientes imunodeprimidos, Reconhecimento precoce e manejo da sepse em crianças, Infecções respiratórias virais em pediatria, HIV na transição da pediatria para a fase adulta, Violência sexual contra crianças e adolescentes e Resistência antimicrobiana, entre outros temas.

No sábado (17), estarão em discussão Infecções ósseas em crianças, Avanços no controle de antimicrobianos no hospital, Diagnóstico e tratamento da tuberculose e Infecções estreptocócicas em crianças, entre outros assuntos.

Os temas estão sendo discutidos a partir de simpósios presenciais e satélites, conferências, sessões de temas livres, discussão de casos clínicos, painéis e apresentação de trabalhos em formato pôster eletrônico. A atividade termina com premiação dos melhores temas livres apresentados.

 
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