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Infecções na criança imigrante e risco de reintrodução de doenças
Publicada em 13/11/2018


 


Fonte: SBP

“Infecções na criança imigrante e o risco de reintrodução de doenças eliminadas” é um dos destaques da programação científica do 20º Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Infectoped). Organizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), a atividade iniciada nesta quarta (14) com cursos pré-congresso prossegue até sábado (17), no Bahia Othon Palace Hotel, em Ondina.

A aula sobre reintrodução de doenças eliminadas faz parte do Simpósio “Revisitando antigas doenças” e será ministrada pela professora Marion Burger (PR), na sexta-feira (16), às 15h. Na oportunidade, serão discutidos também assuntos como “Coqueluche: Novas Estratégias de Controle”; e “Influenza: O que Há de Novo no Tratamento?”, temas atuais e relevantes da infectologia pediátrica, que serão abordados por profissionais nacionais e internacionais.

Segundo a palestrante, será discutida a situação das crianças refugiadas, que, muitas vezes, vêm de países que não oferecem vacinação e condições de higiene sanitária, por exemplo, e chegam portando doenças, assim como seus pais e familiares. “Terão ênfase as doenças que estamos vendo reemergir, como o sarampo, a difteria, a cólera, tuberculose e a malária. Essas podem vir com os refugiados ou mesmo com imigrantes, mas só irão proliferar e causar surto aqui no Brasil se nós não fizermos a nossa tarefa de casa, que é manter boas coberturas vacinais”, explica.

Desafio

A pediatra ressalta também que a questão representa um desafio no cuidado e é preciso que os profissionais de saúde estejam atentos à possibilidade de as crianças estarem apresentando alguma dessas doenças que não existem mais em grandes proporções no Brasil. “Temos que relembrar os cuidados básicos para que essas doenças não encontrem campo fértil aqui no Brasil e, assim, não apresentem surtos, como temos vivenciado em relação ao sarampo”, enfatiza.

A infectologista diz ainda que apresentará um caso clínico de uma criança infectada que veio para o Brasil e que não ocasionou nenhum surto porque a vacinação da população para a doença estava em dia. “É extremamente importante termos a visão de que só haverá surto se as pessoas não estiverem vacinadas. A culpa não é dos refugiados e nem dos imigrantes, mas do fato de as campanhas de vacinação não terem tido a adequada adesão. Com isso, ocorre a eclosão desses surtos de sarampo, principalmente em Roraima e no Amazonas”, afirma.

Segundo a professora Marion, o tema principal da palestra não será somente a criança refugiada doente, mas também a prevenção de surtos de doenças já eliminadas no Brasil por meio de uma vacinação adequada. “É necessário lembrar da malária, que é uma doença que nós vemos em grande quantidade na região extra-amazônica. No entanto, com o fluxo dos imigrantes estamos tendo desafios de lembrar não só dos sintomas, mas também dos métodos de diagnóstico e tratamento da doença para quem vive nessa região e isso tem sido um desafio”, conclui.

 
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