Foto: Paulo Macedo

A Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) e o Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) celebraram na manhã desta terça-feira (21) histórias de sucesso no cuidado de crianças que nasceram de forma prematura e que foram atendidas pela equipe médica e pelo Banco de Leite Humano do hospital. O evento selou as programações em torno do Dia da Prematuridade, registrado nacionalmente em 17 de novembro, e contou com a participação da presidente da Sobape, a pediatra Dolores Fernandez.

O encontro foi coordenado pela neonatologista e vice-presidente da Sobape, Ana Paz, e pelas equipes da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais Convencionais (Ucinco - semi intensivo) e da Unidade de Cuidados Canguru (Ucinca - enfermaria que fica em contato com as mães), com apoio da Unicef.

É considerado prematuro o bebê que nasce antes de 37 semanas de gestação, mas há casos de prematuros extremos, que nascem com menos de 30 semanas. De acordo com um levantamento do DATASUS, 10% dos nascidos em Salvador, em 2015, pesavam menos que 2,5 quilos. A capital baiana conta com oito Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatais, mas apenas três ofertam serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na última sexta-feira, a presidente Dolores Fernandez representou a Sobape na atividade realizada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), no auditório do Hospital Geral Roberto Santos, que reuniu diversos profissionais de saúde para um debate sobre o cuidado especializado e multidisciplinar nos casos de prematuridade e os impactos na vida das crianças e das famílias.

No mesmo dia, a vice-presidente da Sobape, Ana Paz, concedeu entrevista, pela manhã, à TV Bahia sobre o cenário da prematuridade no estado e à noite palestrou no auditório da faculdade Unijorge no seminário “Encontrar: um momento para falarmos de prematuridade”.

Em sua apresentação, Ana Paz destacou a importância do Banco de Leite Humano (BLH) do Iperba no suporte à nutrição dos pequeninos, a exemplo do garoto Isaque, que nasceu pesando apenas 950 gramas.

Aos 21 dias de vida, seu coração parou por 20 minutos em decorrência de infecção e hemorragia, mas ele resistiu e foi assistido por oito meses com leite materno do BLH e seguiu mamando no peito da mãe por 2 anos. Hoje, aos 3 anos de idade, ele leva uma vida normal.

“Depende muito do querer da mãe, um querer físico e emocional e tem o suporte de nossa equipe”, afirmou Ana Paz.