Fonte: Diário do Nordeste

Atualmente, 39% das mulheres brasileiras dão o leite como único alimento ao bebê até os seis meses, de acordo com o índice mais recente do Global Breastfeeding Scorecard do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Esse número coloca o Brasil à frente de outros países, como Estados Unidos (24%) e China (21%). No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) o considera baixo, uma vez que o índice ideal seria de 90% a 100%.

Outro dado que chama a atenção, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, diz respeito à recomendação da amamentação prolongada, realizada até os dois anos ou mais. No Brasil, apenas 26% das crianças são privilegiadas com a prática.

O leite materno oferece anticorpos e outros fatores de proteção, como enzimas e probióticos, nele estão presentes os nutrientes essenciais para o crescimento do organismo infantil. “O leite da mãe contém vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas todos disponíveis de forma balanceada variando de acordo com as etapas de desenvolvimento da criança”, diz Simone Ramos, coordenadora do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Goiânia de Pediatria.

Entre os principais benefícios do aleitamento materno está a proteção contra doenças como diarréia – que pode causar desidratação e desnutrição – pneumonias, infecção de ouvido e alergias. Bebês que mamam no peito apresentam melhor crescimento e desenvolvimento ao longo da vida, além de ajudar na prevenção de defeitos na oclusão dos dentes e problemas na fala.

Para as mães, amamentar logo após o nascimento diminuiu os sangramentos pós-parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, prevenindo anemia materna. Amamentar também diminuiu o risco de câncer de mama e ovários.