Adolescência, contracepção e sexualidade é tema de curso de atualização |
Encontro foi coordenado pela diretora científica Helita Azevedo e teve palestras das pediatras Márcia Machado e Margarida Nascimento |
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Publicada em 20/11/2016 |
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Foto: Paulo Macêdo
Uma nova roda de educação continuada promovida pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) reuniu residentes e ex-residentes, na última sexta-feira (18), para o curso de atualização em "Adolescência, contracepção e sexualidade", sob a coordenação da diretora científica Helita Azevedo.
O encontro, no auditório da Sobape, contou com palestras das pediatras Márcia Machado e Margarida Nascimento sobre os variados métodos contraceptivos disponíveis, pílula do dia seguinte, alerta às doenças sexualmente transmissíveis, uso de preservativos e a necessidade de orientar adolescentes a iniciarem a vida sexual com responsabilidade.
A pediatra Márcia Machado explicou que muitas adolescentes dispensam o uso de contraceptivos por imaginarem que não engravidariam e/ou por terem medo que os pais descubram. Segundo ela, os profissionais de pediatria podem contribuir na apresentação dos tipos de contraceptivos (hormonais, comportamentais, diafragma, DIU, endoceptivo) mais adequados para cada paciente e ainda estimular o diálogo familiar sobre o assunto.
Ela reforçou que, seja qual for a contracepção escolhida, deve sempre ser associada ao uso da camisinha. “Dois métodos nunca são demais”, aconselhou.
Segundo Márcia Machado, o pediatra, por conhecer o histórico da paciente, e em caso de necessidade, pode recomendar um método contraceptivo hormonal de baixa dose, mas o ideal é encaminhá-la ao ginecologista, com quem deve gerar vínculo para futuras consultas na vida adulta.
Na segunda etapa do curso de atualização a ginecologista e obstetra, Margarida Silva, levou orientações práticas de manipulação de alguns métodos contraceptivos e, especialmente, do uso do preservativo feminino, que é a única proteção contra o HPV. “Já pode ir à balada com a camisinha, não atrapalha em nada”, orientou.
Para Margarida Silva, “o caráter não planejado das relações sexuais, a expectativa que o relacionamento de torne íntimo e a falta de conhecimento” estão entre as principais razões pelas quais as garotas não façam uso de algum método contraceptivo.
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