Foto: Paulo Macedo

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que apenas 30% das crianças com comprometimento no desenvolvimento são diagnosticadas antes dos 5 anos. A informação foi dada pela pediatra Rozana Teixeira, na conferência “Sinais de risco para o desenvolvimento infantil”, nesta quinta-feira (5), na abertura do 8º Congresso Baiano de Pediatria, promovido pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape). Com mais de 800 inscritos, a atividade prossegue até meio-dia de sábado (7), no Bahia Othon Palace Hotel, em Ondina.

A importância do diagnóstico precoce de deficiências no desenvolvimento foi destacada pela neuropediatra Adriana Mattos, que chamou a atenção para a frase comum dita por pais e até por profissionais de saúde: “Toda criança tem seu tempo”. Segundo ela, não se pode ficar atento apenas à curva de crescimento da criança. É importante observar de forma precoce sinais que indiquem problemas no desenvolvimento, sobretudo nos casos de autismo, que teve um aumento de 600% nos últimos 20 anos nos Estados Unidos, conforme anunciou.

“Entre os sinais está o relato da família, uma vez que 50% dos pais de crianças com autismo apresentam alguma preocupação antes de a criança completar 1 ano de vida”, relata dra. Adriana Mattos. A especialista enumerou os principais alertas para identificar possíveis desvios no desenvolvimento infantil, a exemplo de histórico familiar, pais consanguíneos e síndromes genéticas, entre outros.

A programação do Congresso Baiano, presidido pelo pediatra Fernando Barreiro, segue nesta sexta-feira (6) e inclui temas como Doenças cardiovasculares mais frequentes em crianças; Dificuldades na amamentação; Perturbações do sono e da alimentação – Aspectos psíquicos; Zika e Microcefalia; e Controvérsias com novas vacinas.

A presidente da Sobape, a pediatra Dolores Fernandez, destacou a importância do evento na educação continuada e desejou boas-vindas aos congressistas.


1º Congresso de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Nordeste

A abertura dos trabalhos do 1º Congresso de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Nordeste nesta quinta-feira (5) foi dedicada à reflexão dos princípios fundamentais à formação e desempenho do profissional intensivista, tais como conhecimento científico, habilidades técnicas e comportamentais, atitude ética e equilíbrio emocional.

Para o intensivista pediátrico e neonatal, Eduardo Juan Troster (SP), esses fatores são elementares para construir, por exemplo, uma relação de confiança e reduzir o sofrimento evitável a pacientes em terapia intensiva.

A atividade, sob a presidência das pediatras Carolina Amoretti e Priscila Lyra, também tratou de questões como Disfunção Cardiovascular - No choque e patologias comuns em terapia intensiva; Trauma – continuidade do manejo em unidade intensiva; e Abordagem do canal arterial.

Nesta sexta-feira (6), a programação continua com abordagem de temas atuais como as Arboviroses e suas apresentações neonatais: Chikungunya e Zika; Abordagem na Asfixia perinatal; Gestão e qualidade: a utilização de protocolos para otimização do tempo; hipertensão pulmonar; patologias pulmonares e novos paradigmas em terapia intensiva.